Ela estava bem quieta,
No banco frente ao mar,
No colo o livro aberto,
Parecia não se dar conta
Da pouca conta em que o tinha
Quem lhe pegara.
Ela estava bem quieta,
No banco frente ao mar,
Morta, sem que disso
Ninguém se desse conta!
HSC
quinta-feira, 1 de junho de 2017
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
Depois do luto
Só agora consigo olhar-te
E sorrir,
Depois de tantas lágrimas engolidas.
Os retratos,
Espalhados pela casa,
Lembram-me os tempos
Em que fomos felizes
E também aqueles em que tivemos guerras imensas.
Três anos passaram a desejar-te vivo
Para repetir risos e repetir zangas
Para te abraçar
Para conversar
Para, enfim,
Te ter comigo, outra vez!
HSC
E sorrir,
Depois de tantas lágrimas engolidas.
Os retratos,
Espalhados pela casa,
Lembram-me os tempos
Em que fomos felizes
E também aqueles em que tivemos guerras imensas.
Três anos passaram a desejar-te vivo
Para repetir risos e repetir zangas
Para te abraçar
Para conversar
Para, enfim,
Te ter comigo, outra vez!
HSC
sábado, 19 de janeiro de 2013
Foi em ti...
Foi nos teus olhos de criança
Que me vi
Foi nas tuas mãos de adolescente
Que me entendi
Foi na tua voz de jovem
Que me ouvi
Foi no teu caracter de homem
Que me julguei
Foi no teu desempenho como marido
Que me revi
Foi no teu papel de pai
Que me abriguei
Foi nas tuas mãos de filho
Que me entreguei
E parti!
Helena
Que me vi
Foi nas tuas mãos de adolescente
Que me entendi
Foi na tua voz de jovem
Que me ouvi
Foi no teu caracter de homem
Que me julguei
Foi no teu desempenho como marido
Que me revi
Foi no teu papel de pai
Que me abriguei
Foi nas tuas mãos de filho
Que me entreguei
E parti!
Helena
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Tempo sem tempo
Tenho-te à minha frente
Nesta foto envelhecida.
Nela te dou a minha mão,
Encostada aos teus ombros.
Quantos anos já passaram?
Dez, vinte ou trinta,
Não importa.
Porque o tempo
Não tem tempo,
Quando o amor se desfaz
Na terra onde jaz.
Helena
Nesta foto envelhecida.
Nela te dou a minha mão,
Encostada aos teus ombros.
Quantos anos já passaram?
Dez, vinte ou trinta,
Não importa.
Porque o tempo
Não tem tempo,
Quando o amor se desfaz
Na terra onde jaz.
Helena
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Sinais
Só te conhecia o toque
Não precisava de mais,
Das mãos esguias e fortes
Neste corpo que sendo meu,
Era apenas domínio teu.
Não precisava de mais,
Rendida ao teu calor
Que tomava por amor.
Tola, não te conhecia,
Nem percebia os sinais
Simples, cruéis, fatais
De quem já então me feria
De quem me causava dor!
Helena
Que tomava por amor.
Tola, não te conhecia,
Nem percebia os sinais
Simples, cruéis, fatais
De quem já então me feria
De quem me causava dor!
Helena
Teresa
Nem sempre Teresa comia,
Mas isso não se notava
Porque ela disfarçava
E, altiva, sorria.
Tinham-lhe roubado tudo
Trabalho, alegria, prazer.
Só não lhe tiraram o orgulho
Porque o não souberam fazer.
Trabalhou a vida inteira,
Para ter um fim ameno.
Veio a política, a asneira,
Foi-se o futuro sereno,
Não lhe façam discursos tolos
Nem promessas idiotas
Não julguem todos parolos
Vergados aos agiotas.
Teresa conserva a esperança
Que um dia tudo se altere
E seja grande a mudança
De quem então nos governe.
Helena
Mas isso não se notava
Porque ela disfarçava
E, altiva, sorria.
Tinham-lhe roubado tudo
Trabalho, alegria, prazer.
Só não lhe tiraram o orgulho
Porque o não souberam fazer.
Trabalhou a vida inteira,
Para ter um fim ameno.
Veio a política, a asneira,
Foi-se o futuro sereno,
Não lhe façam discursos tolos
Nem promessas idiotas
Não julguem todos parolos
Vergados aos agiotas.
Teresa conserva a esperança
Que um dia tudo se altere
E seja grande a mudança
De quem então nos governe.
Helena
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Este país que eu amo!
Tenho pena deste país
Que merecia ser bem amado.
Pequenos, fomos grandes
Num distante passado.
Hoje não sabemos quem somos
São os de fora que nos definem,
Esquecidos de quem fomos,
E dos grandes que nos redimem.
A Europa, soberba e orgulhosa,
Só nos vê estender a mão.
A Alemanha, agora vitoriosa,
Já esqueceu a gratidão.
A França é outra história,
Que se espera seja honrosa,
E caminhe em contra-mão!
Dos grandes, não reza a história
Dos pequenos, menos ainda.
De Portugal queremos vitória,
Orgulho e honra infinda!
Helena
Que merecia ser bem amado.
Pequenos, fomos grandes
Num distante passado.
Hoje não sabemos quem somos
São os de fora que nos definem,
Esquecidos de quem fomos,
E dos grandes que nos redimem.
A Europa, soberba e orgulhosa,
Só nos vê estender a mão.
A Alemanha, agora vitoriosa,
Já esqueceu a gratidão.
A França é outra história,
Que se espera seja honrosa,
E caminhe em contra-mão!
Dos grandes, não reza a história
Dos pequenos, menos ainda.
De Portugal queremos vitória,
Orgulho e honra infinda!
Helena
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