A grande casa da família
E a casa dos avós.
Depois da casa dos pais
Veio a casa de casada
E a casa de mulher só.
Quantas casas eu já tive?
Depois de ficar sozinha,
Tive a casa dos meus filhos
E também a dos meus netos.
Foram todas pouco minhas
Porque a casa verdadeira,
A que nunca abandonei
Foi a casa do Senhor.
Helena
Helena, amiga:
ResponderEliminarAs casas que foram minhas... A casa enorme de meus avós em Ovar ao pé da Ria. A casa da minha avó paterna, pequenina, em Arroios, com o quintalinho cheio de flores. A casa onde nasci e vivi a minha infância feliz em Tomar. A grande casa de meus pais, no Porto, onde casei. E, finalmente a minha casa. Começou por ser alugada, quase vazia de móveis mas, cheia do riso ou, do choro dos meus filhos e, amor, um amor que ainda dura. Foi-se enchendo de móveis, de coisas, sobretudo livros, discos e, todas as pequenas coisas de que gosto. Pouco a pouco, os filhos partiram, comprei a casa e, cá estamos os dois, mais velhos, um com quase 70, eu com quase 67, um cão velhinho (Para não destoar) e as saudades do tempo em que a casa era alugada, nós muito novos e, ressoavam na casa vazia, as brincadeiras dos meus filhos.
Espero acabar aqui, a minha passagem pela terra. Depois, se Ele me quiser, estou pronta a habitar a Sua casa.
Muito bonito o poema, como sempre.
Beijinho
Maria
E muito sentido o seu texto Maria. Bem haja!
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