Amanhã mudo de ano.
De vida, não sei.
Mas faço balanço
Daquilo em que errei.
E, também, daquilo em que acertei.
Vou lembrar-me de ti,
Falar-te, talvez.
Vou sonhar que estás comigo.
E esquecer todo o pranto
Da ausência que aceitei,
Na esperança de apagar
Aquilo que hoje sei,
Ter sido erro ou má sorte,
Amar-te como te amei!
Helena
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
sábado, 12 de dezembro de 2009
Fé
Nunca soube a razão
De ser alegre.
Por não dar tempo à tristeza,
Habituei-me à alegria
E àquilo que ela gera.
Bom dia, boa noite,
Boa tarde, até.
Um sorriso, uma certeza,
De que a vida é, para mim,
Sobretudo,
Uma questão de fé!
Helena
De ser alegre.
Por não dar tempo à tristeza,
Habituei-me à alegria
E àquilo que ela gera.
Bom dia, boa noite,
Boa tarde, até.
Um sorriso, uma certeza,
De que a vida é, para mim,
Sobretudo,
Uma questão de fé!
Helena
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Como serão?
Morreste ontém.
Na morte, como na vida,
Sem alardes.
Na véspera peguei nas tuas mãos.
Gélidas, alvas, veias azuis salientes,
E aqueci-tas entre as minhas.
Ficámos assim horas.
Tu vias-me e tentavas sorrir,
Como todas as quartas feiras
Destes últimos dois anos.
Meu amor, meu amigo, meu irmão
Como serão as semanas
Que estão para vir,
Sem as tuas mãos nas minhas,
Sem a esperança de te ver,
Nem o sonho de te ter?
Helena
Na morte, como na vida,
Sem alardes.
Na véspera peguei nas tuas mãos.
Gélidas, alvas, veias azuis salientes,
E aqueci-tas entre as minhas.
Ficámos assim horas.
Tu vias-me e tentavas sorrir,
Como todas as quartas feiras
Destes últimos dois anos.
Meu amor, meu amigo, meu irmão
Como serão as semanas
Que estão para vir,
Sem as tuas mãos nas minhas,
Sem a esperança de te ver,
Nem o sonho de te ter?
Helena
Melhor
Nem sempre o que é bom
É o melhor.
Quando demasiado fácil,
O que é bom
Torna-se cansativo
Ou, até, deprimente.
Mesmo no que é bom,
É preciso luta.
Para o prazer ser maior
E o bom ser melhor!
Helena
É o melhor.
Quando demasiado fácil,
O que é bom
Torna-se cansativo
Ou, até, deprimente.
Mesmo no que é bom,
É preciso luta.
Para o prazer ser maior
E o bom ser melhor!
Helena
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Dezembro
Não gosto de Dezembro,
Porque nele perdi a mãe
E nele nasci, também.
É um mês de festas marcadas
Pelas alegrias obrigatórias,
Que são as de que menos gosto.
Janeiro sim.
Já não é fim
Mas princípio,
De mim!
Helena
Porque nele perdi a mãe
E nele nasci, também.
É um mês de festas marcadas
Pelas alegrias obrigatórias,
Que são as de que menos gosto.
Janeiro sim.
Já não é fim
Mas princípio,
De mim!
Helena
domingo, 15 de novembro de 2009
Solidão
O Outono é a minha estação,
Castanha e amarela.
As árvores despidas,
As almas sentidas,
E os medos aguçados
Pela falta de sol.
Porque gosto eu, então,
De tamanha desolação?
Não sei, mas acredito
Que me faz bem
Uma certa solidão,
Que só o Outono tem.
Helena
Castanha e amarela.
As árvores despidas,
As almas sentidas,
E os medos aguçados
Pela falta de sol.
Porque gosto eu, então,
De tamanha desolação?
Não sei, mas acredito
Que me faz bem
Uma certa solidão,
Que só o Outono tem.
Helena
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Aprender
Nem sempre se tem
O que se espera ter.
Mas é sempre possível,
Do que se tem,
Fazer render,
Transformar e tecer
Aquilo que nos faz bem!
Saber viver
É justamente criar,
Fazer de novo,
E aprender a ver,
Apesar de nem sempre apetecer!
Helena
O que se espera ter.
Mas é sempre possível,
Do que se tem,
Fazer render,
Transformar e tecer
Aquilo que nos faz bem!
Saber viver
É justamente criar,
Fazer de novo,
E aprender a ver,
Apesar de nem sempre apetecer!
Helena
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Gente
Lá vai ela,
Loira e velha,
A pensar que é menina.
O cabelo platinado,
Esconde os brancos.
O vestido, curto,
Mostra os joelhos.
Os saltos altos, o joanete.
Mas não há
Quem lhe diga,
Que a idade, não mente?
Que o encanto,
É o contrário
Daquilo que ela sente?
Mas não há
Quem lhe diga
Que, naquela idade,
Só a mente
Faz a gente ?
Helena
Loira e velha,
A pensar que é menina.
O cabelo platinado,
Esconde os brancos.
O vestido, curto,
Mostra os joelhos.
Os saltos altos, o joanete.
Mas não há
Quem lhe diga,
Que a idade, não mente?
Que o encanto,
É o contrário
Daquilo que ela sente?
Mas não há
Quem lhe diga
Que, naquela idade,
Só a mente
Faz a gente ?
Helena
Desatino
Pego num livro,
Não leio nem uma folha.
Ligo a TV,
Não oiço o que dizem.
Ponho um disco,
Nem no botão carrego.
Sento-me sem vontade,
Levanto-me de seguida.
Por uma qualquer ansiedade,
Cuja razão não descortino,
Sinto que não sou eu,
Ou se sou,
Que desatino!
Helena
Não leio nem uma folha.
Ligo a TV,
Não oiço o que dizem.
Ponho um disco,
Nem no botão carrego.
Sento-me sem vontade,
Levanto-me de seguida.
Por uma qualquer ansiedade,
Cuja razão não descortino,
Sinto que não sou eu,
Ou se sou,
Que desatino!
Helena
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Esse olhar
Frente a frente no comboio,
Olho para ti,
Que olhas para mim.
Baixo os olhos,
Sem saber porquê.
Vergonha ou timidez,
Penso.
Mas reajo, porque sinto
De novo, o teu olhar.
Retribuo, com coragem
E gosto de enfrentar
De novo,
A força desse mirar.
Afinal sou capaz
De perder a vergonha
E de corresponder
À tua provocação,
Ao peso do teu olhar!
Olho para ti,
Que olhas para mim.
Baixo os olhos,
Sem saber porquê.
Vergonha ou timidez,
Penso.
Mas reajo, porque sinto
De novo, o teu olhar.
Retribuo, com coragem
E gosto de enfrentar
De novo,
A força desse mirar.
Afinal sou capaz
De perder a vergonha
E de corresponder
À tua provocação,
Ao peso do teu olhar!
Helena
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Amar Paris

No outono, no inverno e na primavera.
Só não gosto no verão.
Gosto de passear sem destino,
Parar aqui, ali e acolá.
Acoitar-me nos jardins e sentar-me nos bancos.
Ficar calmamente a olhar
Velhos, crianças, adultos.
Visitar museus e exposições,
Ir ao cinema e depois cear.
Rir com os amigos e depois recordar,
Como é bom estar em Paris,
E ter alguem para amar!
Helena
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Tu

Mas não sei para onde vou.
Conheço o caminho percorrido.
Mas ignoro o que me falta percorrer.
Sei do que gosto,
Mas duvido do que não gosto.
Queria saber, amor, onde estás,
Neste tempo que já foi
E naquele que ainda não é.
E naquele que ainda não é.
Para te lembrar, no que passou.
Te ter no que hoje é.
E te manter no que será!
Helena
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
A contragosto
domingo, 27 de setembro de 2009
Incerteza
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Deus
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Café e chocolate
segunda-feira, 20 de julho de 2009
A cama desfeita

Mas o lugar vazio a meu lado,
Mantinha o vago desenho
Do teu corpo abandonado
Ao meu e ao teu prazer.
Antes ofegantes corças selvagens,
Depois, aos poucos, seres pacificados.
Foi sempre assim que vivemos
A nossa história de amor.
Os lençois tinham o teu odor,
De corpo suado e perfumado.
De quem me amara inteira,
De quem me sugara a alma.
Numa entrega total.
Mas a cama está desfeita,
E o teu lugar vazio!
Helena
domingo, 19 de julho de 2009
A flor

Que procurava onde se agarrar.
Dei-te a minha, muito grande.
Tu sorriste e puxaste-me
Para a porta de saída.
Querias ir para o jardim.
Levei-te até lá e sentei-me.Fiquei a olhar enternecida,
A flor que então colheste
Para mim.
Hoje quando lá passo,
Ainda vejo os malmequeres.
Sorrio a esta lembrança,
E chego a sentir a presença
Da tua mão pequenina,
Na minha já envelhecida!
Helena
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Ao Quim
Deixando tristes
Todos os teus amigos,
Que são muitos.
Partilhámos gargalhadas
E a tua imensa alegria de viver.
A doença foi minando o teu corpo.
Mas a alma, grande, enorme,
Continuava lá, incólume,
A dar força a todos nós.
Vou lembrar-te como querias,
Bem vivo e animado.
E esperar que me recebas,
Como sempre, a sorrir,
Quando chegar a minha vez!
Helena
sábado, 11 de julho de 2009
À Rita

Do dia em que nos conhecemos.
A Paula insistia nesse encontro,
Sabendo de antemão que ficaríamos amigas.
Gerações diferentes,
Mas um mesmo olhar
Sobre as coisas importantes,
Um mesmo riso sobre os pequenos azares
Que cada uma viveu,
Enfim, uma mesma crença
No mundo que nos cerca.
Não nos vemos muitas vezes,
Apesar do gosto imenso
De estarmos juntas.
Mas quando nos encontramos,
É sempre uma animação,
De quem retoma a conversa,
Interrompida na véspera.
Helena
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Os outros
terça-feira, 7 de julho de 2009
Heróis
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Na praia

Tomar banho, de noite, na praia?
Sozinha ou acompanhada,
Pouco importava.
O prazer que eu procurava
Era a água gelada
No meu corpo quente de mulher.
Nunca percebeste
Que o objecto do desejo
Nem sempre tem forma humana.
Era o caso.
Eu queria a imensidão do oceano
Só para mim.
Para que, devagar, ele me possuisse.
Não tu!
Helena
Sem ti
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Em ti...
Apaixonar-se
sábado, 27 de junho de 2009
O silêncio
sexta-feira, 26 de junho de 2009
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Antes de te conhecer
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Calor
segunda-feira, 15 de junho de 2009
domingo, 14 de junho de 2009
Terra...
sábado, 13 de junho de 2009
terça-feira, 9 de junho de 2009
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Esse homem
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Gostar de ti
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Perda
segunda-feira, 11 de maio de 2009
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Filhos
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Pai
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Lembranças
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Caminhos
Julgar
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Olhar
sábado, 25 de abril de 2009
Prazer
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Descendência
terça-feira, 21 de abril de 2009
Será que sei?
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